sábado, 2 de março de 2013

Oração da Arteira

Senhor: dai-me um tecido 100% algodão, como 100% sincera é minha intenção.
Dai-me a melhor tesoura, que como minha ação, seja boa e duradoura. Dai-me um molde correto, para que meu amor se faça concreto.

Dai-me paciência
e calma, para que minha energia seja sentida na alma.

Dai-me o apoio das amigas para, com humor,enfrentar a fadiga.
E no fim Senhor, se achar que mereço,dai-me uma arte sem preço, por mim feita e arrematada , com fibras e afeto recheada, e que ela possa levar - não importa o tempo e o espaço para uma criança que chora, meu abraço.
Amém.

Este texto foi escrito por outra pessoa, estou apenas retransmitindo, pq achei um assunto interessante.
Hoje, estarei contando um pouco sobre a magnífica história das Colchas de Retalhos durante os séculox XIX e XX.

Em 31 de dezembro de 1839, no Condado de McDowell, Carolina do Norte, Hannah e P
haraoh, ambos com doze anos de idade, foram dados como presente de casamento, por John e Rebecca Logan, para sua filha, Margaret Ruth, e seu marido, Thomas Young Greenlee.

Tendo adotado o sobrenome de seus donos, a menina, uma criada da casa, e o menino, um ferreiro, casaram-se mais tarde e tiveram uma filha, chamada Emm. Pouco se sabe sobre eles além disto, exceto que a confecção, de habilidade excepcionalmente artística, da colcha de retalhos aqui reproduzida foi começada por Hannah Greenlee, talvez em torno de 1880, e concluída por sua filha, em 1896, algum tempo após a morte de Hannah.

Libertada após a guerra, Hannah provavelmente continuou fazendo o mesmo tipo de trabalho que fazia como criada doméstica: cozinhar, limpar e costurar. Talvez ela tivesse a intenção de vender ou dar a colcha de retalhos para seus donos anteriores, uma vez que a colcha permaneceu com aquela família, até que eles a doaram para a Historic Carson House da Carolina do Norte.
Esta colcha parece muito diferente das colchas feitas no período colonial, quando itens deste tipo eram limitados às casas dos ricos, onde as mulheres devotavam seu tempo de lazer a complicados trabalhos de agulha. Nas colchas coloniais, feitas com um pano inteiro, por exemplo, a parte de cima era uma única peça, cuja única decoração era o próprio padrão dos pontos. Em outro tipo, estampas de flores e de outros motivos eram cortadas de tecidos caros importados e costuradas (aplicadas) na parte de cima, como decoração.

A colcha de retalhos de Hannah Greenlee é feita de retalhos irregulares — alguns fiados em casa — que são costurados no padrão Crazy (louco), desenvolvido na Inglaterra Vitoriana e popularizado nos Estados Unidos na segunda metade do século XIX. Muitas das primeiras colchas de retalhos em estilo Crazy eram feitas de materiais luxuosos, como seda, veludo e cetim.

O padrão aleatório é uma maneira flexível e barata de confeccionar uma colcha, permitindo o uso de retalhos de qualquer tamanho ou forma. O desenho pode ser trabalhado em um padrão geral ou — como na colcha de Greenlee — em quadrados separados, que são, depois, combinados em uma grade. Como a ideia de grade proporciona uma certa ordem
ao caos, este tipo é conhecido como “Contained Crazy” (louco contido)


Na foto abaixo:

Colcha de retalhos feita por Hannah Greenlee e Emm Greenlee, "Crazy Quilt", começado por Hannah e terminado por sua filha, Emm, em 1896.